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Arquitetos: Daniel Bonilla + Marcela Albornoz
- Área: 18192 m²
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Fotografías: Rodrigo Dávila
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Fabricantes: Hunter Douglas, Accesorios y Acabados, Ventanar, Vitelsa
Descrição enviada pela equipe de projeto. Um projeto que prima pelas determinantes de implantação urbana, definindo assim a linguagem e a forma arquitetônica. O edifício recua para gerar uma praça urbana de acesso e se ergue para construir uma plataforma contínua do espaço público, articulada à rede global de áreas verdes e demais espaços públicos do bairro. Em essência, o projeto busca uma integração com a topografia como âmbito público, uma espécie de "piano mobile" onde flutua o volume do edifício. O espaço público deste plano é formado pela praça, um acesso sob o edifício, um ponto de atenção e informação, um jardim na parte posterior e as concessões comerciais.
É um edifício que se converte em um referencial do amplo bairro de Suba, na cidade de Bogotá. É um gesto inclusivo, que permite que toda a comunidade tenha acesso a diferentes serviços como saúde, recreação e esporte, e colabora com o problema que representa atualmente a mobilidade na cidade. Isso gera um sentido de pertinência especial pelo edifício e faz com que as pessoas se apropriem dele.
O nível público, chamado de "Praça d'água", cria uma relação poética entre a praça pública e as piscinas localizadas no nível inferior. Aberturas no piso da praça, cobertas por panos ou cubos de vidro, trazem a atividade das piscinas até o nível público, permitindo interação visual entre os nadadores e transeuntes da praça, num interessante diálogo entre os dois domínios. O projeto reflete que a arquitetura deve poder estar composta à serviço da cidade. Isso está representado na praça como gesto de acolher as pessoas, envolvendo diretamente o edifício e aumentando a atividade das piscinas, conformando um novo e particular evento público para a cidade.
A massa arquitetônica é construída em três partes: o volume enterrado com as piscinas e a área de estacionamentos, o transparente volume orgânico e recuado que contém o acesso e as áreas comerciais, e o prisma superior com espaço de bem estar, saúde e área administrativa. Este prisma separado de sua base é um volume simples que ao invés de competir com ela, complementa a praça com um tratamento de fachada bastante sóbrio.
O paisagismo é tratado com sutileza, através de um equilíbrio entre praça seca e extensivo jardim, com vegetação mais expressiva na lateral da praça e também na parte posterior da propriedade. As calçadas do perímetro foram receberam árvores de grande porte plantadas alinhadas com as vias. Os demais elementos e equipamentos urbanos completam o espaço e acompanham o cubo de vidro que se localiza na praça.